CITAÇON DEL DIE
Cumo houmenage a ua de las pessonas que mais fazírun para que tubíssemos la Cumbençon, bou poner l que eilha screbiu a perpósito de la nuossa lhéngua:
Hai lhénguas que son de muitos, i hai lhénguas que poucos úsan.
Há línguas que são de muitos, e há línguas que poucos utilizam.
Cumo houmenage a ua de las pessonas que mais fazírun para que tubíssemos la Cumbençon, bou poner l que eilha screbiu a perpósito de la nuossa lhéngua:
Hai lhénguas que son de muitos, i hai lhénguas que poucos úsan.
Há línguas que são de muitos, e há línguas que poucos utilizam.
A língua é laço, união, presença no mundo. Há línguas que tendem a unir o mundo todo e há línguas que unem apenas meia dúzia de sobreviventes. Falar é defender a vida de uma comunidade, seja ela pequena ou grande. E quanto mais pequena, quanto mais diminuída, mais necessidade tem de se unir para sobreviver. Mais precisa de marcar a sua presença.
Falar é poder.
E o poder de uma fala é a medida do seu poder no mundo. Quanto mais poder tem, maior é o número daqueles que têm de a aprender para saberem como funciona o mundo em que se movem. Os que falam línguas pequenas têm todo o interesse em aprender e em conhecer profundamente as línguas maiores com que convivem. Mas têm também todo o interesse em refugiar-se, quando precisam, no reduto da sua própria língua, que os mais poderosos não sabem e até desdenham.
Para as pequenas comunidades, a sua capacidade de manter a língua própria é a medida da sua capacidade de resistir à massificação. É, no fim de contas, a demonstração de que pode sobreviver enquanto comunidade específica.
O tamanho de uma língua mede-se pelo número dos seus falantes. De grande tamanho é a língua que muita gente conhece e língua pequena é uma língua com poucos utilizadores. Mas o tamanho de uma língua não é o mesmo que a sua grandeza. A grandeza da língua está noutro plano.
(Manuela Barros Ferreira)
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